Prólogo: Tudo começou no ENEM de 2016. Quando eu fui direto
pro local da prova quase me barraram de fazê-la, porque na minha carteira de
identidade estava a foto de quando eu era um pirralho de 3 anos e também
escrito "não alfabetizado" na mesma. Me mandaram preencher uma ficha
em um lugar que ficava lá na PQP do colégio, aquela praga é imensa, andei até
ficar perdido, cheguei até a olhar o MAPA do negócio, só pra ter uma noção. O
pior de tudo era que a ficha exigia um monte de dados, até falei pra moça:
"Não quer saber também do momento em que não estamos em casa pra vocês nos
assaltarem de uma vez?" Tive que repetir o processo no dia seguinte
novamente...
Depois desse evento, meu pai e eu concordamos que deveríamos
resolver essa situação tirando uma nova via de identidade logo, ainda mais que
nós iríamos viajar pra Terra do Carimbó (tente adivinhar o estado, hahaha) para
visitar meu avô materno nas férias e faltava 20 dias para a viagem. Então, afim
de pegar a nova via, fomos para Super Fácil, que de fácil tem BOSTA NENHUMA!
Chegamos lá e encontramos um amigo do meu pai, Paulo Brilhoso, isso mesmo, esse
é o nome do cara, ele é também um político da nossa terra, foi candidato a
vereador inclusive e o apelidei de "Paulo Purpurina". Meu velho ficou
conversando com o esse parça enquanto esperávamos na fila imensa, quando fomos
atendidos a atendente disse que a impressora estava com problema e não poderia
imprimir o boleto de pagamento. ERA UM CENTRO DE ATENDIMENTO PORRUDO, COM UMA
CARALHADA DE GENTE TRABALHANDO COM COMPUTADOR, COMO É QUE ELES NÃO TINHAM UMA
IMPRESSORA EXTRA???
Depois dessa palhaçada, nos dirigimos para outro Centro da
Super Fácil mais próximo, que ficava lá na PQP, era 3 bairros de distância e
pegamos uma rua toda esburacada no caminho (meu pai ficou muito pistola), as
molas do carro foram pra "vala" nessa viagem — meme complementar.
Quando finalmente chegamos nesse lugar pagamos pra um tiozinho flanelinha ficar
vigiando nosso carro, entramos no prédio e encontramos novamente o Paulo
Brilhoso, até me espantei, o cara estava lá pelo mesmo motivo, só que com um
outro objetivo, ele pretendia renovar um tal documento que não lembro o nome.
Após concluirmos todas as etapas, minha nova carteira de identidade estava
pronta, contudo ela só iria ser entregue em 24 dias, 4 dias depois da nossa
viagem, porque teria que passar pelo registro da Politec (para prevenir riscos
de furtos ou perdas da identidade), foi então que Paulo Brilhoso entrou em
cena, como uma luz brilhante de esperança (HUE). O mesmo disse que se fôssemos
para a Politec da Zona Norte da nossa cidade, que fica longe pra porra em
relação à onde estávamos, ele poderia usar seus "contatos" para que
minha carteira de identidade fosse entregue ainda naquele dia!
No caminho da Zona Norte notei que era um lugar muito
estranho, pois tinha até um cachorro usando camisa (de gente mesmo) do
Corinthians, tenho arrepios até hoje daquele negócio, não era assustador ou
traumático, mas sempre que eu olhava pra ele achava que o bicho ia andar em
duas patas e pegar um Pé de Cabra pra me dar uma surra. Quando chegamos na
Politec olhei em volta do carro e notei uma coisa: "Pai! Cadê a calota do
carro?" Pois é, ninguém sabe aonde ela foi parar, fizemos umas teorias na
época, minha mãe acha que ela se soltou durante a viagem, meu pai pensa que foi
o flanelinha do estacionamento da Super Fácil (lembra dele?) e eu acredito que
foi aquele cachorro Corinthiano. Apesar da confusão, consegui minha carteira
naquela manhã.
Conclusão
Nunca descobrimos o destino da calota perdida (parece título de filme trash) e o meu velho comprou uma calota nova dias depois, só que ela era diferente das outras, porque ele pegou a mais barata disponível e o negócio ficou muito feio, se o Kid olhasse para aquilo teria um troço, kkkkkkkkkkkkkkk. Enfim, consegui viajar com a minha família, só que até hoje fico pensando no método utilizado pelo Paulo Purpurina para conseguir disponibilizar logo minha carteira, às vezes fico olhando pra ela pensando se é fruto de corrupção passiva. :v
Nunca descobrimos o destino da calota perdida (parece título de filme trash) e o meu velho comprou uma calota nova dias depois, só que ela era diferente das outras, porque ele pegou a mais barata disponível e o negócio ficou muito feio, se o Kid olhasse para aquilo teria um troço, kkkkkkkkkkkkkkk. Enfim, consegui viajar com a minha família, só que até hoje fico pensando no método utilizado pelo Paulo Purpurina para conseguir disponibilizar logo minha carteira, às vezes fico olhando pra ela pensando se é fruto de corrupção passiva. :v
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