Impressões Iniciais dos Animes da Temporada de Outono 2019


E cá estou eu, fazendo a praticamente 1 (um) fucking ano essas impressões iniciais de animes de temporada, devo ser louco mesmo... Ca-ham! Como de costume, comentarei sobre o que achei dos novos animes que estrearam com base nos primeiros episódios exibidos e lembrando que é somente aqueles que decidi ver. Sem mais delongas, desejo uma boa leitura a todos. :)

Mugen no Juunin: Immortal


Esse anime... É um caso complicado! Provavelmente será meu Guilty Pleasure da temporada. Não pretendia assisti-lo, contudo uma amiga do MyAnimeList me recomendou dizendo que é do mesmo diretor de Steins;Gate, Hiroshi Hamasaki, e me mostrou o trailer, foi quando descobri que se tratava de um belo fanservice para o Bill: temática samurai, ambientado no Japão Feudal, com espadachins mal encarados, muita violência, sangue, morte, estupro e, aparentemente, um lugar caótico! Isso inclusive explica parte do motivo de eu adorar Afro Samurai (além da mistura de samurai com hip-hop e influência de filmes blaxploitation, um tipo de coisa que adoro), outro Guilty Pleasure meu... Então nem preciso dizer que o tema é um dos pontos positivos pra mim. Outras coisas boas incluem a paleta de cores meio acinzentada, dando muito foco em preto e branco, oferecendo um visual quase que monocromático. Ao meu ver essa coloração estabelece uma atmosfera de baixa esperança, pessimismo e que o ambiente ao redor se trata de um caminho sombrio sem volta, lembrando um pouco a trilogia Gears of War e o próprio Afro Samurai, o que combina bastante com a história que envolve vingança. E a direção do Hamasaki é deveras exótica, ocasionalmente aparecem trechos cuja iluminação fica piscando de maneira psicodélica e cortes rápidos ocorrem, o que gera um efeito muito interessante responsável por dar uma breve ilusão de que o que está sendo visto é uma animação neo-retrô, não sei se foi intencional ou não, mas achei interessante, embora possa causar ataques epiléticos em pessoas sensíveis... Há alguns detalhes específicos que podem ser considerados pontos positivos também, como a parte em que a heroína encontra e conhece o protagonista, ela é bem dirigida e progride de um jeito orgânico.

Agora, sobre os pontos negativos, SENTA QUE LÁ VEM HISTÓRIA! O anime começa com um flashback do personagem principal, meio vago e estranho, só que dá pra absorver algumas coisas, como o fato dele ter uma irmã falecida e o feito de ter eliminado 100 homens! Logo depois acompanhamos uma mulher com um chapéu do Raiden do Mortal Kombat no meio de um floresta de bambus, daí rola um corte para um flashback dela numa casa com sua mãe, logo depois um homem ensanguentado entra na moradia e logo atrás dele uns caras armados mal encarados vão junto... Uma execução do pai dela, talvez? Sim, confirmado na cena do cemitério logo depois e por falar, nela, é aqui que muitas coisas estranhas se juntam. Na famigerada cena do cemitério, a figura principal feminina conversa com uma anciã, esta última pergunta de quem é o túmulo e a primeira tira todas as dúvidas: o pai foi encurralado e morto por uns 30 homens, a mãe estuprada na frente dela, depois sequestrada e seu paradeiro é desconhecido. Tudo bem por aqui, ela falou mais que o necessário de detalhes (tipo, qual a necessidade de citar os 30 homens), mas ok, é só um esclarecimento e uma resposta para uma pergunta de um personagem. Contudo as coisas ficam estranhas quando a anciã pergunta sobre o que ela quer fazer agora, a protagonista respondeu que deseja se vingar e matar todos... Olha, se é um grupo com mais de 30 pessoas, possivelmente é um punhado de gente influente e perigosa capaz de eliminá-la facilmente caso saibam das intenções da mesma e revelar esse desejo para alguém, mesmo que a senhora não seja cúmplice dos sujeitos, a mesma poderia ser interrogada, capturada, torturada ou simplesmente a dedurar, logo é uma ação arriscada, o tiro pode sair pela culatra. No mínimo ela é ou descuidada, ou ingênua ou lerda (creio que esta seja a resposta). Todavia fica pior quando a anciã pergunta para a heroína se ela tem habilidade com espada para realizar tal feito, então esta responde que treinou durante 2 anos e AINDA NÃO ESTÁ NO MESMO NÍVEL DO PAI! Até a própria velhinha diz que é inútil, afinal se o pai dela morreu pra eles, isto significa que ela terá muito menos chance. A pergunta é a seguinte: o que fez ela insistir em detê-los sozinha mesmo sem tanta habilidade? Orgulho ingênuo?? Ou simples lerdeza??? Depois a anciã pergunta sobre quem são os inimigos, a mulher responde, então a senhora faz um mega discurso expositivo brega descrevendo e dando detalhes da organização inimiga, diz que agora são mais fortes, destroem qualquer dojo que desafiam, nem o Xogunato consegue detê-los e blá, blá, blá, revelando informações que possivelmente a garota já sabia! E por fim tem o golpe de misericórdia quando a velhinha dá a dica de que a protagonista deveria ter um guarda-costas e ela nem hesita tanto em seguir a dica e receber a indicação de um!! Sério que durante esses dois anos treinando a garota nem sequer pensou em pedir ajuda, ainda mais considerando que ela mesmo reconhecia que não estava no nível do próprio pai e que evidentemente não tem problema algum em comentar sobre suas intenções vingativas contra foras-da-lei perigosos para os outros???? Sério, o que impedia essa doida? O tal do orgulho ingênuo de querer vingança com as próprias mãos?? Acho que não, porque ela nem recusou a dica da anciã e a seguiu, como eu disse, sem hesitar tanto... Acho que ela é só lerda mesmo!! E se tudo isso foi intencional, olha... Eu não gostei, irritou um pouco pra ser sincero.

Mais pra frente vemos um par de redundâncias: enquanto rola uma passagem rápida de tempo da heroína viajando por lugares distantes, comentários da velhinha vão ocorrendo no fundo dando as mesmas informações que vimos no flashback de introdução, mas com mais exatidão e menos ambiguidades. Depois a protagonista dorme num celeiro, para descansar e lá tem um sonho/lembrança do que aconteceu com sua família, uma continuação do flashback dela anterior que contou a mesma coisa que ela disse para a anciã, tornando o momento redundante! Pelo menos o flashback é um pouco mais informativo e estabelece um motivo pelo qual ela saiu inteira daquele inferno (o chefe dos cara pediu pra que não tocassem nela)! Em seguida rola a cena da garota conhecendo o tal assino de 100 homens, vulgo protagonista masculino. Após uma troca de ideias e um melhor esclarecimento de seu background, ele aceita trabalhar para ela (cena legal). Daí vem um detalhe esquisito... A segunda metade do episódio deu uma apressada monstra!! Vemos uma troca de poemas entre um casal e aparentemente eles já faziam a algum tempo, não muito depois a mulher revela-se como a protagonista que estava fazendo aquilo para encontrar o poeta que é um dos membros da organização inimiga e este sujeito ainda é descrito como aquele que deu o golpe final no pai dela!!! Primeiro fiquei decepcionado com esse mini-timeskip instantâneo que rolou, pois a sensação é de que um pedaço da história foi cortado, isto é, quanto tempo se passou desde que começaram a trocar cartas? Como o encontraram?? Por que ele está separado do resto da gangue??? Outro aspecto broxante foi não só o fato do sujeito que eliminou o pai dela ter sido logo o primeiro, como também foi o responsável pela morte da mãe. Sob minha concepção, esses dois subobjetivos (paradeiro da mãe e executor do pai) poderiam ser mais bem aproveitados no decorrer da trama, através de mais mistério e suspense... Durante a batalha, o espadachim é gravemente ferido e a heroína encurralada pelo vilão, no entanto é salva pelo primeiro que demonstra ter poder de regeneração (observando o título, suponho que seja imortal). Sobre o poder do herói (se é que posso chamar ele assim), junto do feito surreal do vilão, achei uma maneira interessante de introduzir o sobrenatural na trama e até que fiquei interessado em saber mais desse personagem e como adquiriu essa habilidade. Agora sobre a cena do duelo, eu realmente senti um pouco de breguice nas partes em que revelam o disfarce, o protagonista se oferecer pra lutar primeiro e do modo como o vilão tentou convencer a menina de cometer suicídio junto dele, visto que durante esses processos houveram diálogos um tanto quanto grandinhos para cenas de tensão como essas, contudo foi só uma impressão, este último ponto deve ser só coisa da minha cabeça ou a breguice da série talvez seja proposital (tô sentindo que vou me divertir, hehe).

No segundo episódio, o ritmo rushado continuou presente, além das breguices agora temos galhofadas (como na primeira metade do segundo ep, envolvendo aquele pintor esquisitão surtando), alguns eventos são um tanto quanto descartáveis (até o personagem tem noção disso, mas sabemos que só saber dos defeitos não os fazem sumir) e aquela luta da segunda metade do episódio... Meu Deus! Foi decepcionante!! A fluidez é estranha e meio robótica, teve muitos quadros estáticos e semi-estáticos, cortes excessivos, só que sem o charme do flashback do primeiro capítulo, enquadramentos bem fechados e ela é curtíssima, claramente apressada. Quanto a cena de ação na primeira metade do ep, grande parte dela ocorreu em off-screen, cortando para cenas com foco no pintor doidão, ou seja, possivelmente foi um truque para poupar trabalho, uma atitude que pode ser encarada como cara-de-pau e, considerando a proposta da obra e a performance da luta seguinte, preguiçosa. Ai, ai... Eu mereço!!! Pelo menos o plot está se mantendo minimamente estimulante. Ah, e a abertura é bem fraca, o encerramento também, todavia nem tanto quanto a opening broxante.

Então só com dois episódios, temos um anime com rítmo rushado, um certo nível de galhofada bizarra, que demonstrou algumas redundâncias chatinhas, diálogos expositivos cafonas, uma protagonista lerdinha, lutas visualmente péssimas, uma cena boa, um flashback de introdução maneiro, um mistério legal envolvendo o protagonista, direção estilosa e visual cativante... Olha, não consigo dizer que isso é bom, porém não consigo dizer que é terrível também. Medíocre pode ser, mas, ele consegue entregar bem o fanservice que eu procurava. Acho que realmente é o meu Guilty Pleasure da temporada.

Hataage! Kemono Michi


Do mesmo autor de Konosuba, esse anime prova logo na cena inicial e na premissa que é um trabalho legítimo do sujeito por trás de seu trabalho mais reconhecido. A trama começa com um monólogo do protagonista, um lutador profissional que adora animais, comentando sobre seu plano pós carreira de trabalhar na sua própria pet shop. O estilo de humor fica bem estabelecido através do comentário que o mesmo faz para o seu empresário quando este o interrompe: "Por favor, estou em monólogo, não interrompa!". Uma comédia tão inusitada quanto os acontecimentos seguintes. Durante a sua última luta, o herói é invocado para um mundo de fantasia (isekai) por uma princesa para o mesmo salvar o reino do ataque de feras demoníacas que lembram animais, então o cara fica revoltado e dá um suplex alemão... NELA! Depois dessa confusão, o rapaz foge do castelo e decide criar uma pet shop de monstros nesse mundo. Eu ouvi falar desse anime a um bom tempo atrás no canal Intoxi Anime e esqueci do mesmo depois de um tempo, contudo me lembrei dele na hora em que vi que o personagem era um lutador furry (fã/entusiasta, talvez) e que foi invocado para um outro mundo por uma princesa, daí liguei os pontos. Perdi um pouco da surpresa do início, mas felizmente o restante das piadas não ficaram pra trás. E já que toquei nesse assunto, falarei sobre a comédia: é com certeza o ponto mais forte da obra. Adoro como ela consiste em seguir fórmulas e cenários familiares para no fim zombar deles ao mostrar o personagem principal tomando atitudes extremamente anormais, mas que respeitam sua paixão por animais (que, a propósito, é algo que ele leva muito a sério), ele é realmente um sujeito divertido. Outros elementos que tornam a comédia muito boa cobrem a direção, que está sendo altamente eficiente nos trechos cômicos, inclusive nas gags em segundo plano, piadas e bordões recorrentes aproveitados por meio de boas variações que não os tornam repetitivos, fora a própria estrutura básica de setup e punchline. Certos momentos dão a entender que quebrarão algum padrão quase que imediatamente, no entanto essas partes sempre envolvem algum detalhe que é criativo o bastante para compensar a vaga previsibilidade.

De pontos negativos, há dois deles: mundo de fantasia (isekai) genérico e visual genérico. Não dá pra negar que a ambientação não é das mais originais, existe uma cacetada de outros shows com uma estética idêntica e que me faz lembrar de um monte de outros animes que compartilham das mesmas regras, caracterização, natureza, fauna e civilizações que já presenciei em experiências passadas. O único que saiu do padrão é o protagonista, enquanto as demais figuras nem tanto. Ocasionalmente ocorre algo inusitado com elas, entretanto está distante do nível do trabalho anterior do autor (Konosuba) que, nesse quesito, possui mais singularidade, embora ainda siga alguns padrões estéticos tradicionais. Quanto ao visual, não é feio, só que não apresenta tanta personalidade ou um charme especial destacável, os olhos, cabelos, contornos dos modelos, proporções gerais, cenários e efeitos (iluminação, sombreamento, animações, CG, etc.) parecem um Ctrl+c e Ctrl+v levemente modificado de outro anime... Mas não posso dizer o mesmo do tratamento da cena de luta contra o Rei Orc do segundo episódio!!! Realmente me surpreendeu, não esperava nem um pouco por uma cena cheia de planos com animação fluida e consistente em um nível minimamente satisfatório. Claro, os takes não foram tão longos e quase todos se resumiam em lançar ataque, ataque recebido e corte para o próximo que consiste na mesma coisa, entretanto para um anime de comédia curioso e com visual qualquer isto foi uma surpresa MUITO agradável! Não chega a ser um sakuga de primeira, mas é bem feito e consegue empolgar. Não resta dúvidas que é uma produção onde os envolvidos estão realmente se esforçando e dando seu melhor.

UPDATE (19/10/2019): outro detalhe em específico que me incomoda pessoalmente e que também está presente em Konosuba, se trata do desperdício de seriedade. É legal ver esses patetas em confusões inusitadas e/ou inesperadas e zombando de clichês de uma forma bem divertida, entretanto ele constantemente aborda uns temas bem curiosos e chamativos, mesmo que discretamente, como aquela cena da Shigure comentando que o Genzou não discrimina furrys (esqueci o nome da raça dos metade humano, metade animal), a revolta anormal das pessoas com as feras, o fato do comércio de escravos ser uma realidade, etc.. Vários desses assuntos são ignorados por conta de uma piada ou simplesmente é jogado ali sem motivo aparente. Tomara que não cometa o mesmo erro de Konosuba. Embora não sejam temas lá tão originais assim, fiquei interessado o suficiente para saber como o autor trabalharia com esses elementos caso quisesse, pois o terreno está mais que adequado para tal.

Eu já sabia que ia me divertir com esse show, mas agora eu realmente estou ainda mais empolgado com ele! Certamente o anime do Ace Ventura bombado tem potencial para ser um dos melhores animes de comédia do ano junto de Dumbbell Nan Kilo Moteru? e Kaguya-sama: Love is War.

Ahiru no Sora


Este está bem interessante. Ele trabalha com vários elementos familiares de títulos sobre esportes, como o clube de esporte falido e o "pequeno poderoso", visto em outras obras por aí como Eyeshield 21, Haikyuu e Kuroko no Basket (o que é curioso, é o fato do mangá - obra original de Ahiru no Sora - apenas ser mais novo que uma das séries citadas, que no caso é Eyeshield, então cuidado na hora das comparações), além de outras obras escolares, é claro. Mas está executando bem a proposta e aprofundando bem os personagens. A animação é boa, nada espetacular, porém nada mal. O destaque, ao meu ver, é pelo anime seguir consistentemente pela filosofia "mostrar, não contar" para prosseguir com a história. Ahiru no Sora mostra diálogos e flashbacks informativos somente com o intuito de esclarecer dúvidas que os personagens e o público possuem comum de modo que o levantamento dessas questões faça sentido dentro de um contexto situacional e o melhor é que o show ainda consegue controlar e manipular bem esse aspecto afim de deixar os espectadores curiosos com certos pontos da história, como relações entre personagens, conflitos, dramas pessoais, etc.. Até o momento não tem nada tão incrível, isto é, direção, dublagem, animação e detalhes específicos do esporte estão no ponto, o que brilha mesmo é o roteiro, as figuras da trama e o character design bem singular, principalmente no modo como as bocas dos personagens comumente são desenhadas, inclusive observei que algumas pessoas estranharam esse detalhe específico e até disseram que os personagens tem "boca de pato", mas é justamente essa estranheza que me atraiu, achei curioso e charmoso.

UPDATE (19/10/2019): enquanto o roteiro, o drama e os personagens estão impecáveis, fica difícil comentar sobre as partidas. Até agora só vi o protagonista sendo subestimado e provando o contrário através de "mitadas" (não gosto tanto dessa palavra, mas fiquei sem opções no momento). Já deu pra entender que ele tem talento e é esforçado, mas quero vê-lo passando por mais e outras dificuldades dentro do esporte, isto é, quero ver mais obstáculos, emoção, etc.. Bem, estamos no começo e pelo jeito tem outros personagens para serem apresentados na história ainda, então acho que dá pra esperar mais um pouquinho por essas partes. :P
UPDATE (24/10/2019): meu desejo foi atendido, uma partida de verdade no último ep exibido!!! E não só isso, como também respeitando o nível de experiência dos personagens através de comédia e suspense na medida certa! Momoharu superou minhas expectativas, me simpatizei com o mesmo depois daquela cena engraçada dele puto com o mano que jogou a latinha nele e de seu desempenho na partida, ficou bacana. E esse clima amedrontador de "vai dar merda" no final, hein?! Ansioso pro próximo ep!!!
Bem, acho que isso é tudo! Então fica aqui minha recomendação como um dos mais notáveis e promissores da temporada!!

Fate/Grand Order: Zettai Majuu Sensen Babylonia


Fate/ Grand Order me causou uma má impressão com o primeiro episódio... Quero dizer, o anime já começa sem explicar muito as coisas (e olha que o negócio é praticamente um reboot, já que, segundo minhas informações obtidas através de uma preguiçosa pesquisa, Grand Order não se conecta com nenhum outro título da franquia Fate na timeline!), ele fala de uma tal era em que humanos e deuses tomam caminhos separados, fala de humanidade extinta, uma possível viagem no tempo, recuperar vários Santo Graals (quê?), as figuras principais tão numa base de operações localizada num lugar congelado/montanhas geladas (sei lá) e eu não faço ideia do que diabos se trata a história, porque Fate/Zero era uma guerra, Fate/Apocrypha era uma guerra ainda maior e Fate/Stay Night estava mais para um jogo de sobrevivência, agora essa porra tá quase parecendo um isekai e que o resto do plot será uma grande aventura estilo RPG da Square Enix. A animação e o visual estão ok, as cenas principais conseguem entregar um bom resultado com sequências de ação fluidas e que mantém uma boa consistência, ainda mais por ter a avantagem do design não ser tão detalhado, embora em certos trechos os modelos parecem estar levemente mais simplificados que o habitual. O CG às vezes consegue ficar bem disfarçado, outras vezes contrasta nitidamente, só que essas partes não são tão longas, então foi possível ignorar no primeiro episódio. E outro aspecto que me incomodou foi o fanservice (o famigerado ecchi desnecessário). BTW, o conteúdo a seguir pode ser considerado um bom complemento para o meu futuro post de Personagens Femininas em Ficção!

Tem uma parte onde o casal protagonista está caindo do céu e num momento o anime dá um close na BUNDA da heroína, que, a propósito, usa um maiô!! Primeiramente pensei na hora "Wow, que poposão gostoso. Agora entendo a razão de ter tanto doujinshi pornô de Fate/ Grand Order, o negócio esfrega na cara do público o sex appeal das garo- Pera, o que houve mesmo?? Nem lembro o que li na legenda...". Pois é, fiquei distraído e não vi o que aconteceu na cena seguinte, a imersão foi pro caralho!! É sério que os produtores acharam que um mero fanservice iria conseguir competir com uma cacetada de lewds e pornôs que só essa franquia tem?! É estúpido, mesmo que a intenção seja apenas excitar o público, a comunidade sabe fazer isso melhor, com razões e em contextos que fazem mais sentido! Sei que certas obras colocam essas coisas às vezes não por pura perversão, mas por quererem simplesmente estabelecer um ambiente ou um clima aliviante e prazeroso, contudo esse tipo de escolha é cheio de contras, um deles já comentei (distração), porém isso também incomoda certas pessoas, eu incluso, não por eu não gostar de bundas (pelo contrário, sou um amante de belos bumbuns e coxas), mas por achar constrangedor (imagina eu assistindo esse negócio na TV e aí meu irmão, meu pai ou minha mãe aparece? Como vou explicar?? Fora outras situações vergonhosas). Outro problema é que a presença desses trechos é inútil, tipo, qual o propósito, fora excitar o público masculino e algumas poucas garotas (talvez poucas)??? Ao contrário de outros animes como Kill la Kill e Prison School onde o ecchi é elemento fundamental da narrativa, a sexualização das personagens não tem qualquer outra serventia. Então, como se não bastasse distrair, ser constrangedor e idiota, ainda é descartável, um verdadeiro ecchi desnecessário.

No segundo episódio a produção mostrou-se realmente competente no quesito animação, direção, dublagem, trilha sonora e fotografia. O fanservice infame foi reduzido (uma cena desse tipo, mas sutil), o objetivo geral dos personagens principais ainda não está claro para mim, ao contrário do objetivo específico deles que ficou um pouco mais nítido, houve uma breve pequena história interessante que ajuda na construção de um personagem em específico e que deixou o mundo mais curioso, isto é, agregou bem o world building (construção de mundo) e, no lugar da safadeza sem vergonha, alguns momentos cômicos levemente inofensivos, convidativos e ajustados assumiram o papel de recurso de controle de ritmo no cargo voltado para oferecer um descanso pra ação. O segundo capítulo foi melhor que o anterior, pode até levar o título de bom/aprovado, entretanto está longe de ser algo que eu esperaria de um Fate bacana. Talvez seja só frescurada minha a última parte, contudo foi o que senti. Enfim, só sei que perdi todo o hype que havia tido com esse anime, talvez eu acabe o dropando se continuar cometendo as gafes do primeiro episódio (existe uma alta chance disso acontecer), todavia vou continuar se ele não abusar tanto das palhaçadas ou simplesmente deixá-las cada vez mais de lado, o que o ep seguinte também deu a entender.

Boku no Hero Academia 4th Season


Não tenho muito o que dizer... O primeiro episódio começou com um filler meio bobo (só que curioso e interessante por respeitar bem o universo da obra), assim como a terceira temporada também começou com um ep filler e não estou lembrado se a segunda ocorreu o mesmo, todavia me recordo que nela teve um capítulo filler focado no estágio da Tsuyu, então creio que daqui pra frente haverá uma tendência das Seasons futuras do anime iniciarem com um filler de recapitulação, o que é bom para os anime only. Por tocar no assunto, eu leio o mangá de BNHA e já sei de praticamente todos os eventos que irão acontecer nesta temporada, então minha experiência será mais centrada em comparar a experiência de leitura com a de assistir a animação e observar em quais quesitos uma foi superior à outra ou se foi similar, isto é, ver se a adaptação causou o exato mesmo sentimento que o material original. Anteriormente meu foco era assistir o anime primeiro e depois ler os capítulos do mangá correspondentes, agora a situação se inverteu, pois não aguentei a espera da 4th Season... Enfim, o que posso dizer sem revelar spoilers é que provavelmente esta nova temporada será quase toda focada em um arco só (chuto uns 75% da Season), pois envolverá as intrigas de Overhaul (o vilão desta fase da história) e ele é enorme, vai do capítulo 125 até o 162-163, cerca de 39 capítulos para serem adaptados nos próximos 24 episódios (serão 25 ao todo). Pelos meus cálculos, isso daria quase um capítulo por episódio. Considerando que o estúdio Bones não é de enrolar desse jeito, visto que nas temporadas anteriores cada episódio adaptava no mínimo dois capítulos do mangá, talvez esta temporada cubra também mais um arco curto que vem depois do fim da trama com o Overhaul e talvez o começo do arco seguinte (que é um Festival). Então é isso, se você curte BNHA e já viu todas as temporadas anteriores, não exite em continuar assistindo, continua bom, as chances da adaptação ser incrível é de quase 100%.

Comentários

  1. Parece que quanto mais eu descubro sobre essa temporada mais eu me decepciono kkkkkk

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